INTRODUÇÃO
A febre reumática é uma desordem autoimune conhecida desde os anos de 1600, que ocorre após uma infecção na garganta causada por bactérias, e devido a uma reação do sistema imunológico, causa inflamação nas articulações, tecido cerebral, válvulas do coração e pele. A infecção aguda ocorre após a faringite causada pela bactéria estreptococo beta-hemolítico do grupo A, seguida de inflamação de várias articulações e inflamação do coração, a cardite, que são as manifestações mais comuns, ocorrendo tipicamente, dentro de duas a três semanas após a infecção. O comprometimento do sistema nervoso, a coréia de Sydenham, é menos frequente, e ocorre uma a seis semanas mais tarde; já o comprometimento da pele, é menos frequente ainda.
QUAL A VÁLVULA MAIS COMPROMETIDA?
O comprometimento mais comum nas válvulas do coração é a obstrução da valva mitral, conhecida como Estenose Mitral Reumática. O intervalo entre o episódio da Febre Reumática e a presença de obstrução da valva mitral varia entre poucos anos até mais de 20 anos.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA OBSTRUÇÃO DA VALVA MITRAL?
Os principais sintomas da manifestação inicial da obstrução da valva mitral são a fadiga e a intolerância ao exercício, que podem estar acompanhados de tosse e chiado no peito.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO COMPROMETIMENTO DA VALVA?
O Ecocardiograma transtorácico é o exame mais preciso para diagnosticar e avaliar a obstrução da valva mitral. Existem outros exames que ajudam a definir o grau de envolvimento da valva do coração, como o Teste Ergométrico, o Eletrocardiograma e Raio X do Tórax.
QUAL A FORMA DE TRATAMENTO DESSA OBSTRUÇÃO NA VÁLVULA?
A definição do tratamento depende de várias características encontradas no exame do ecocardiograma e também baseada nos sintomas do paciente. O tratamento pode ser através da dilatação da válvula por um cateter, valvotomia percutânea por balão, ou cirurgia convencional, chamada valvotomia aberta, que pode consistir em uma limpeza ou plástica na válvula, ou mesmo trocar a válvula por uma prótese.